"Tudo o Que Eu Devia Saber Na Vida Aprendi No Jardim-de-Infância"

***************************************
"Tudo O Que Eu Devia Saber Na Vida Aprendi No Jardim de Infância" ,Robert Fulghum, Difusão Cultural, Lisboa, 1991,p.10.

O autor citado especifica as coisas que aprendeu e convida-nos a imaginar como o mundo seria melhor se aplicássemos as aprendizagens básicas que refere no nosso dia a dia. Façamos o exercício:
"Partilhar tudo com os companheiros" é algo que estamos longe de conseguir, a competitividade feroz dos nossos dias impede-nos de sermos generosos, desculpa aos nossos olhos o egoísmo com que agimos.
"Respeitar as regras do jogo". Como, se os outros não as respeitam?, pensamos.
"Não bater em ninguém". Um mundo sem Guerras, violência e dominação é sonho!
"Guardar as coisas nos sítios onde estavam" seria a solução para a entropia reinante, a vitória da ordem sobre o caos.
"Manter tudo sempre limpo" é das tarefas mais difíceis, quer em sentido lato quer mesmo em sentido restrito. Cada vez mais evoluídos tecnologicamente e cada vez mais sujos! Alguns andam a tentar aprender a não sujar.
"Não mexer nas coisas dos outros". Levar isto à prática significaria progressos como poder voltar a dormir de porta aberta e reconverter a profissão de carcereiro.
"Pedir desculpa quando se magoa alguém". Como é difícil reconhecermos que errámos! Quanto sofrimento evitado com um simples desculpa."Lavar as mãos antes de comer.
"Puxar o autoclismo". Também é verdade que há quem não tenha água nem autoclismo! Esses estão perdoados. Mas e os que têm? Não aprenderam direito ou já se esqueceram, sem dúvida.
"Ao sair à rua ter cuidado com o trânsito, dar a mão ao companheiro..." É verdade que também isto não aprendemos bem, não só andamos distraídos como preferimos não dar a mão a ninguém.
A Escola (integrada num determinado tipo de Sociedade) separa a imaginação da razão, incentiva cada vez mais o exclusivo uso dessa "razão" procurando criar pessoas que continuem o desenvolvimento da técnica, sem existir uma preocupação com o sentido lúdico, estético, criador. Busca-se "eficiência sem criatividade", trabalho sem reflexão. Este problema começa cedo, muito cedo, possivelmente no Pré-Escolar.
****************************************

1 comentário:

Professora disse...

Isto acontece porque vivemos num mundo de corre corre em que os sentimentos se vão perdendo a cada dia que passa.

Um abraço